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"Escrevo, leio, rasgo, toco fogo e vou ao cinema." (Torquato Neto)

18 de dezembro de 2013

Me passe o balde?



Vomito esse poema
com convulsões de estômago e alma,
bílis negra feita de spleen.
Palavras malditas
correm nas minhas entranhas,
refletem o que sou:
invertida e estranha.

“-Pequena estranha,
vomita tudo e não me engana!
O  Deus cruel, nessa máquina fria,
te fez invisível e minúscula,
só te aparecem os  vômitos,
seus fluidos de monstro profano,
que não chocam e não amedrontam.

“-Pequena estranha, seu hálito não me engana,
 vomita esses versos na minha cama.”