O poeta louco puxa meu
pé à noite:
“Vamos brincar?”
Pego canetas e agulhas
e ele escreve no meu
corpo
qualquer palavra boba
sobre “amar”.
Vez ou outra,
o poeta louco puxa o meu lençol:
o poeta louco puxa o meu lençol:
“hoje tenho apenas raiva
e ganas de te machucar!”
Pega a caneta e algumas
folhas
e escreve sobre elas
como se meu corpo não
estivesse lá.