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"Escrevo, leio, rasgo, toco fogo e vou ao cinema." (Torquato Neto)

12 de março de 2014

O poeta louco quer brincar

O poeta louco puxa meu pé à noite:
“Vamos brincar?”
Pego canetas e agulhas
e ele escreve no meu corpo
qualquer palavra boba sobre “amar”.

Vez ou outra,
o poeta louco puxa o meu lençol:
“hoje tenho apenas raiva e ganas de te machucar!”
Pega a caneta e algumas folhas
e escreve sobre elas
como se meu corpo não estivesse lá.